Manaus amanhece com qualidade do ar péssima e fumaça encobre a cidade no feriado de Dia dos Finados, de acordo com o sistema “Selva”, desenvolvido pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA). A capital amazonense enfrenta uma séria crise ambiental causada pelas queimadas e pela seca histórica que assola a região.
Durante todo o mês de outubro, os moradores de Manaus sentiram os impactos da fumaça, que se espalhou pela cidade. Segundo o Ibama e a Secretaria de Meio Ambiente do Amazonas (Sema), as queimadas na Região Metropolitana e no Pará são as principais responsáveis por esse fenômeno.
Nesta quinta-feira, o odor das queimadas voltou a ser sentido em alguns pontos da cidade, prejudicando ainda mais a qualidade do ar, que já estava péssima.
O monitoramento do ar realizado pela plataforma Selva revela que a qualidade do ar está péssima na Zona Leste e Sul de Manaus, afetando especialmente os bairros Zumbi dos Palmares e Morro da Liberdade. A poluição chegou a ultrapassar os limites de partículas por metro cúbico.
Em outras áreas, como na Zona Centro-Sul e no Centro de Manaus, a qualidade do ar é considerada muito ruim.
Por que a fumaça persiste?
Nos últimos dias, tem-se observado que a fumaça permanece sobre a cidade. O Ibama tem uma explicação para isso.
De acordo com o órgão, a fumaça é transportada de um local para outro por meio das massas de ar, dificultando sua dispersão e prejudicando a visibilidade e a qualidade do ar.
Um alerta emitido pela Sema na segunda-feira (30) indica que Manaus ainda terá que esperar para ver o céu azul novamente. Devido à falta de chuvas, que estão abaixo da média para essa época do ano, a massa de calor continuará influenciando a qualidade do ar nos próximos dias. “As partículas de fumaça encontram dificuldades em se dispersar nessas condições,” explicou a secretaria.
