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Padrasto e mãe suspeitos de torturar e matar criança autista deixam prisão em Manaus

A mãe e o padrasto de um menino de 9 anos, presos suspeitos de torturar e matar a criança, deixaram a cadeia após o fim do prazo da prisão temporária. A Polícia Civil e o Ministério Público solicitaram a conversão para prisão preventiva, mas como a Justiça ainda não se manifestou, o casal foi liberado.

Em nota, o Tribunal de Justiça do Amazonas se limitou a dizer que o caso está em segredo de Justiça.

A criança era autista e morreu no dia 30 de março, com marcas de violência pelo corpo e um quadro de hemorragia, anemia, lesões no fígado e no braço. Ele estava internado no Hospital e Pronto-Socorro da Criança Joãozinho, na Zona Leste.

Em depoimento à polícia, o padrasto confessou ter causado a morte do menino. “Eu me estressei, não sabia que ia acontecer isso. Ele estava bem, mas não sabia que tinha acontecido isso por dentro dele. [Dei golpes] no estomago mesmo. Mão fechada, foi uns dois. Foi forte. Eu fiquei com raiva. Nesse momento eu perdi a cabeça e bati nele, estressado”, contou.

De acordo com a Polícia Civil, o casal foi preso no dia 1º de abril, na Zona Leste de Manaus. No entanto, pelo fato da prisão temporária ter validade de apenas 30 dias, os dois foram liberados no sábado (30).

Na quarta-feira (27), a Polícia Civil pediu a conversão da prisão temporária para preventiva do suspeito.

Dois dias depois, o Ministério Público concordou e também apresentou denúncia contra o homem por homicídio triplamente qualificado, e de crime de maus tratos contra ele e a mãe do menino.

Entretanto, como uma nova prisão não foi decretada pela Justiça, o casal saiu da prisão sem nenhuma medida restritiva, como o uso de tornozeleira eletrônica, o que pode dificultar a sua localização, caso um novo mandado de prisão seja expedido.

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