Amazonas registra quase 200 casos de febre do Mayaro e Oropouche em período de dezembro a janeiro
De acordo com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), o estado do Amazonas registrou cerca de 200 casos de febre do Mayaro e Oropouche entre dezembro e 4 de janeiro. A FVS-AM divulgou uma nota técnica orientando para uma intensificação da vigilância em saúde e prevenção às febres no estado.
As febres do Mayaro e Oropouche são causadas por vírus com o mesmo nome e possuem sintomas semelhantes a outras arboviroses, como a dengue e chikungunya. Segundo a FVS-AM, não há registro de transmissão direta de uma pessoa para outra nos dois tipos de febre.
No entanto, o Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM) detectou, nesse período, 199 casos de febre Oropouche. A maioria desses casos, 94,9%, ocorreu na cidade de Manaus. Não foram registrados casos de febre do Mayaro até o momento.
O período sazonal das arboviroses no Amazonas coincide com o período chuvoso no estado. A nota técnica divulgada pela FVS-AM inclui orientações para as vigilâncias em saúde municipais, abordando o cenário epidemiológico, sintomas, transmissão, diagnóstico, tratamento e medidas de prevenção e controle das febres.
A diretora-presidente da FVS-AM, Tatyana Amorim, destaca a importância da intensificação da vigilância epidemiológica nesse período. “É fundamental que a vigilância em saúde esteja mais atenta. A cooperação entre governos estadual, municipais e a população é essencial para fortalecer a capacidade de resposta”, afirmou.
A transmissão da febre do Mayaro ocorre por meio da picada de mosquitos infectados que se alimentam do sangue de primatas ou humanos. Já a febre Oropouche é transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis, conhecido como maruim. Ambas as febres apresentam sintomas semelhantes, como febre, dor nas articulações, dor de cabeça e dor muscular.
Para prevenir as febres do Mayaro e Oropouche, é importante evitar a picada de mosquitos infectados. Ao adentrar em áreas de mata e beira de rios, é recomendado o uso de repelentes e roupas compridas, além do uso de cortinas e mosquiteiros em áreas rurais e silvestres. A eliminação de criadouros, como acúmulos de lixo e água parada, também é fundamental para evitar a proliferação dos mosquitos transmissores.