Amazonas: Ex-assessor de Desembargador Publica Vídeo Alegando Temor por Sua Vida
Um vídeo impactante foi divulgado pelo ex-assessor de gabinete do desembargador Elci Simões, Ricardo de Almeida Campelo, nesta sexta-feira (21/2). No vídeo, Campelo expressa temor por sua vida, levantando novos desdobramentos em um escândalo de corrupção envolvendo o magistrado e seu ex-assessor no estado do Amazonas.
Prisão e Acusações
Ricardo Campelo foi preso sob a acusação de participação em um esquema de propina. Segundo informações preliminares, ele seria responsável por armazenar dinheiro ilícito destinado ao filho do desembargador, escondendo-o na casa de sua mãe. Além disso, há suspeitas de que ele teria desviado parte do dinheiro para si, o que resultou em um mandado de prisão por furto qualificado.
Declarações de Campelo
Após a detenção, Campelo, visivelmente abalado, gravou um vídeo no qual alega temer por sua vida e solicita proteção das autoridades. Na gravação, ele afirmou:
“Sou assessor do gabinete do desembargador Elci Simões, também trabalho com o filho dele. E de hoje em diante eu temo pela minha vida. E, não tô querendo dizer, mas se acontecer qualquer coisa da minha vida, que eu seja morto, seja alguma coisa, é de coração, a grande responsabilidade é deles. Porque eu nunca fiz mal a ninguém. Eu tô sendo perseguido por uma coisa que eu não fiz, e é nessas condições que eu me encontro. Então eu tô querendo pedir proteção aos órgãos de proteção. Polícia Federal, MPF, quero pedir proteção deles”.
Colaboração e Delação
Além de pedir proteção, Campelo declarou estar disposto a colaborar com as autoridades, manifestando intenção de realizar uma delação premiada. Isso pode revelar detalhes ainda mais comprometedores do esquema de corrupção. O Ministério Público e a Polícia Federal devem conduzir uma investigação detalhada sobre o caso.
Afastamento de Magistrados
É importante destacar que, nesta sexta-feira (21), o corregedor nacional de Justiça, Mauro Campbell, ordenou o afastamento do desembargador Elci de Oliveira e do juiz Jean Pimental, do Amazonas, devido a decisões que causaram um prejuízo de R$ 150 milhões à Eletrobras.
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