Manaus – No último domingo (27), dois juízes em plantão decidiram se declarar suspeitos para decidir sobre a solicitação de revogação das prisões de Enrick Benigno Lima, de 20 anos, Marcos Vinicius Mota da Silva, de 28 anos, e Pedro Henrique de Carvalho Baima, de 20 anos. Esse grupo ficou conhecido em Manaus como o “Bonde dos Mauricinhos”, composto por filhos de empresários de sucesso acusados de gerar desordem pública na cidade.
O delegado responsável pelo 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), Cícero Túlio, que está à frente da investigação, afirmou que, se o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) não tomar uma decisão até a segunda-feira (28), o pedido perderá validade durante o plantão. Caso isso ocorra, o pedido será encaminhado novamente ao juiz Rivaldo Matos Norões Filho, coordenador da Vara de Garantias Penais e Inquéritos Policiais, que foi o responsável.
A prisão dos jovens foi ordenada após a divulgação em redes sociais de vídeos comprometendo-os, nos quais aparecem em posse de armas de fogo e ateando fogo a locais públicos. Elci Simões Jr., advogado de defesa de Marcos Vinícius, argumenta que essas gravações são antigas e datam de cerca de dois anos atrás. Em nota à imprensa, ele informou que os jovens compareceram à delegacia em 22 de outubro para prestar esclarecimentos, mas não foram atendidos naquela ocasião.
O delegado Cícero Túlio esclareceu ainda que, devido ao segundo turno das eleições municipais, as prisões estavam restritas, sendo permitidas apenas em casos de flagrante ou mediante sentença por crimes graves. Com o fim dessas restrições relacionadas ao processo eleitoral, os jovens poderiam se apresentar à polícia sem enfrentarem obstáculos.