Amazonas: Atualização do Informe Epidemiológico de Vírus Respiratórios
Amazonas – A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Dra. Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), associada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), divulgou na segunda-feira (14/04) uma atualização do Informe Epidemiológico de Vírus Respiratórios no Amazonas. O destaque é a redução nos casos e óbitos por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados a vírus respiratórios.
Redução de Casos e Óbitos por SRAG
No período de 1º de janeiro a 12 de abril de 2025, foram notificados 1.052 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Amazonas, com 357 casos relacionados a vírus respiratórios. Isso representa uma diminuição de 19% em comparação ao mesmo período de 2024, quando houve 443 casos registrados.
Entre 1º de janeiro e 12 de abril de 2025, foram contabilizados 15 óbitos por vírus respiratórios, sendo 13 relacionados à Covid-19, 1 por rinovírus e 1 por parainfluenza. Essa cifra reflete uma redução de 54,5% em comparação ao mesmo período de 2024, que registrou 33 óbitos por SRAG associados a vírus respiratórios.
Faixas Etárias e Vírus Identificados
Nas últimas três semanas (23/03 a 12/04), a faixa etária mais afetada foi a de pessoas com 60 anos ou mais (29,9%), seguida por menores de 1 ano (23%), 1 a 4 anos (16%), 20 a 39 anos (9,5%), 40 a 59 anos (10,1%), 5 a 9 anos (7,6%) e 10 a 19 anos (3,4%).
Os vírus respiratórios mais comumente identificados em amostras laboratoriais encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM), parte da FVS-RCP, foram: rinovírus (54%), influenza B (18%), influenza A (6,9%), coronavírus SARS-CoV-2 (4,3%) e enterovírus (2,2%).
Rede de Assistência Estadual
Conforme a secretária de Estado de Saúde, Nayara Maksoud, a colaboração entre vigilância e assistência tem sido crucial para o controle da SRAG no Estado. A rede estadual inclui 17 unidades de referência para atendimento, com equipes treinadas para oferecer assistência completa.
As estratégias para controle de SRAG nas unidades de saúde incluem triagem de sintomáticos respiratórios, testes rápidos para Covid-19, exames laboratoriais para outros vírus, exames de imagem e tratamento conforme o quadro clínico do paciente.
Programas como o Alta Oportuna, implementado em prontos-socorros infantis, ajudam a controlar a situação. A ação envolve fornecer aos pais um kit de medicamentos e orientações para o tratamento em casa após a alta hospitalar, prevenindo o retorno das crianças ao hospital e aliviando a rede de urgência e emergência.
Medidas de Prevenção
A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, recomenda que, para prevenir síndromes respiratórias, é crucial adotar medidas como higienização frequente das mãos, prática da etiqueta respiratória (cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar) e evitar aglomerações.
É essencial que pessoas com sintomas respiratórios, profissionais de saúde, aqueles que necessitam interagir com indivíduos sintomáticos e pessoas de grupos de risco, como idosos e indivíduos com comorbidades ou imunossupressão, utilizem máscara de proteção respiratória para evitar a transmissão de vírus respiratórios.
A proteção de crianças menores de seis meses, evitando sua exposição a ambientes de risco, é crucial. A vacina contra Covid-19 e Influenza está disponível em todo o Amazonas e é recomendada para o público elegível, sendo uma medida vital para reduzir a transmissão e prevenir complicações graves das doenças.