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PF menciona Gusttavo Lima em inquérito sobre lavagem de dinheiro do PCC

Brasil: Operação Mafiusi Investiga Lavagem de Dinheiro com Conexões Internacionais

Após desvendar uma rede de tráfico internacional de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC) com a máfia italiana, a Operação Mafiusi agora investiga operações suspeitas de lavagem de dinheiro. Segundo informações fornecidas por um delator, a Polícia Federal rastreou movimentações financeiras.

Entre as transações de alto valor realizadas por meio de contas de pessoas jurídicas associadas à facção, surgiram os nomes do cantor sertanejo Gusttavo Lima, do pastor Valdemiro Santiago e do bicheiro Adilson Oliveira Coutinho Filho.

Relacionamentos Financeiros Suspeitos

De acordo com relatórios da PF, eles teriam realizado transações com suspeitos de integrar um “sistema financeiro paralelo” do crime organizado. Embora não tenham sido indiciados, todos serão convocados para prestar depoimento.

Gusttavo Lima é cotado para ser candidato a vice numa possível chapa liderada pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), que em 4 de abril se lançará como pré-candidato à Presidência em 2026. Ele afirmou que o cantor participará do evento em Salvador (BA).

Questionado, o cantor negou quaisquer irregularidades, afirmando que a transação investigada refere-se à compra legal de uma aeronave. Valdemiro Santiago, da Igreja Mundial do Poder de Deus, e Adilson Filho, patrono da escola de samba Salgueiro, não comentaram.

Empresário Envolvido e Defesa

O empresário Willian Barile Agati, conhecido como “concierge do PCC”, é acusado de manter a rede de transações milionárias da facção e está preso desde janeiro. Seu advogado, Eduardo Maurício, defendeu sua inocência, afirmando que Agati é “um empresário idôneo e legítimo”.

Investigação Detalhada

A Operação Mafiusi é conduzida pela 13.ª Vara Criminal Federal de Curitiba, conhecida pela Operação Lava Jato. A investigação é apoiada por informações de um delator, Marco José de Oliveira.

No mais recente relatório à Justiça, o delegado Eduardo Verza afirmou que a análise das transações financeiras de empresas e indivíduos ligados a Willian Agati revelou uma organização criminosa com ramificações internacionais.

Verza destacou que a organização utiliza técnicas sofisticadas para ocultar a origem ilícita dos recursos e dificultar o rastreamento das atividades. As empresas creditam valores de diferentes setores comerciais para disfarçar operações.

Empresas e Movimentações Financeiras

As empresas ligadas a Agati estão localizadas em várias cidades e incluem negócios que vão do comércio de vestuário a serviços administrativos. A PF identificou duas empresas principais, a Starway Locação de Veículos e a Starway Multimarcas, que movimentaram R$ 454,3 milhões de 2020 a 2023, possivelmente como fachadas.

A investigação levou os policiais aos nomes de Gusttavo Lima, Valdemiro Santiago e Adilsinho por meio de negócios mantidos pela empresária Maribel Golin, representante legal de várias empresas.

As movimentações financeiras de Maribel e suas empresas somaram R$ 1,426 bilhão entre 2020 e 2022, com apenas 3,44% desse valor declarado como receita, segundo Verza.

Transações e Ligações

Dentre as 35 maiores entidades financeiras relacionadas às empresas de Maribel, destaca-se a Balada Eventos e Produções Ltda., com repasses de R$ 57,5 milhões para a JBT Empreendimentos. As transferências começaram em 24 de junho de 2022.

A Balada Eventos, co-propriedade de Gusttavo Lima, possui sete empresas registradas no mesmo endereço. A PF não encontrou documentação comercial justificando as transações.

Marco José de Oliveira delatou que um parente de Maribel “esquenta” dinheiro na igreja de Valdemiro, e Agati teria assumido aviões do pastor devido a dívidas fiscais.

As últimas empresas no ranking das parceiras de Maribel são a Adiloc Comercial Distribuidora e Adilsinho, com movimentações de R$ 9 milhões. A Adiloc, operando como distribuidora de cigarros, é registrada como prestadora de serviços administrativos.

Nota de Esclarecimento

O cantor Gusttavo Lima afirmou que adquiriu a aeronave de forma legal e negou irregularidades. A Balada Eventos confirmou a compra da aeronave da JBT Empreendimentos em junho de 2022, em transação legal e registrada na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A empresa negou conhecer Willian Barile Agati, afirmando que a informação deve ser requisitada à família Golin. Quanto ao endereço compartilhado, declarou tratar-se de um prédio comercial com salas separadas.

O advogado de Maribel Golin enfatizou que ela não tem relação próxima com Agati e que a Justiça já reconheceu a legalidade dos negócios com ele, destacando que a JBT é alheia aos fatos investigados.

Os outros citados não se pronunciaram.

Fonte: https://cm7brasil.com/entretenimento/famosos/pf-cita-gusttavo-lima-em-investigacao-que-apura-lavagem-de-dinheiro-do-pcc/

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