Mundo – O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou uma nova medida que promete beneficiar os consumidores do país: a partir de dezembro, o limite para importações eventuais será expandido de mil para 3.000 dólares. Essa iniciativa isenta as compras realizadas em plataformas internacionais, como Shein e Shopee, de taxas adicionais, contrastando diretamente com a chamada “taxa das blusinhas” recentemente sancionada no Brasil.
O ministro da Economia argentino, Luis Caputo, detalhou a medida em um post na rede social X (anteriormente Twitter), na última sexta-feira (15). Caputo ressaltou que a proposta visa garantir que “todos os argentinos possam ter acesso a preços mais competitivos”, referindo-se às compras online de roupas, eletrônicos, jogos e eletrodomésticos. “Com essas medidas, estamos oferecendo a milhões de cidadãos a oportunidade de eleger o que desejam comprar e onde”, afirmou o ministro.
Enquanto a Argentina flexibiliza as regras de importação, o Brasil tomou uma direção oposta. Desde agosto, foi implementada uma nova cobrança de 20% sobre compras internacionais de até 50 dólares, afetando diretamente os brasileiros que buscam plataformas como AliExpress, Shein e Shopee por preços mais baixos. A chamada “taxa das blusinhas” foi criada com o argumento de combater a concorrência desleal com varejistas nacionais e aumentar a arrecadação federal, prevista para alcançar R$ 30 bilhões até 2027.
Essa decisão no Brasil gerou polêmica, provocando debates acalorados no Congresso e entre consumidores. O presidente Lula (PT), que inicialmente se opôs à proposta, acabou sancionando a nova taxa, afirmando que foi uma escolha “equivocada”, mas necessária para atender às pressões do setor varejista e equilibrar as finanças públicas.
Na Argentina, Milei busca alinhar seu governo com uma política de abertura comercial, diminuindo barreiras e oferecendo mais liberdade de escolha ao consumidor. A medida é vista como um alívio para milhões de argentinos que enfrentam alta inflação e buscam alternativas mais econômicas no mercado global.
Com essa decisão, Milei reforça sua postura liberal e promete transformar a economia argentina, apostando em medidas que priorizam o poder de compra e a liberdade de consumo, em um momento em que o país enfrenta desafios econômicos significativos.