No Brasil, durante uma entrevista ao podcast PODK Liberados, transmitido pela RedeTV! e YouTube no último domingo (10), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que a situação política na Venezuela, sob o governo de Nicolás Maduro, é um “problema da Venezuela, não do Brasil”. Essa declaração sublinha a posição de Lula de evitar envolvimentos em questões internas de nações vizinhas, preferindo concentrar-se nos desafios internos do Brasil.
O presidente enfatizou: “No que me diz respeito, não posso ficar me preocupando em brigar com Nicarágua e Venezuela, preciso brigar para fazer esse país [Brasil] dar certo”. Essa declaração foi feita aos apresentadores e senadores Jorge Kajuru (PSB-GO) e Leila Barros (PDT-DF), que comandam o programa. A entrevista ocorreu na última quarta-feira (6) e ganhou destaque nacional após sua exibição.
Assim como a Venezuela, a Nicarágua, liderada por Daniel Ortega, é frequentemente descrita por críticos e organizações internacionais como um regime ditatorial. Ambos os países, com históricos de repressão política e limitações às liberdades civis, já foram aliados de Lula em blocos como o Foro de São Paulo, um coletivo de lideranças progressistas da América Latina.
Lula também comentou que não considera adequado questionar decisões judiciais de outros países, particularmente a Suprema Corte da Venezuela, que recentemente validou a reeleição de Maduro, apesar das alegações de fraude. “Quero que a Venezuela viva bem, e eu vou cuidar do Brasil”, reiterou, solidificando sua postura de não intervenção.
As declarações do presidente refletem sua abordagem diplomática de respeito à soberania dos países vizinhos. Contudo, também suscitam debates sobre a posição do Brasil em temas de direitos humanos e democracia na região.
