No Amazonas, a emblemática Associação Folclórica Boi Bumbá Garantido, peça central do aclamado Festival de Parintins, encontra-se diante de um desafio financeiro significativo. Em uma recente ação judicial, o magistrado Roberto Hermidas de Aragão Filho emitiu uma ordem para a apreensão de fundos governamentais e de patrocinadores do evento. A dívida, que ascende a R$ 697.164,18, implica uma ameaça direta à capacidade da organização de manter sua vitalidade e apresentação no festival.
A ordem do tribunal especifica a apreensão de repasses financeiros destinados à Associação Folclórica provenientes de diversas fontes, como a Amazon Best Turismo e Eventos Ltda, Maná Produções Comunicação e Eventos, além do Governo do Estado do Amazonas, Coca-Cola e Infostore. Tais entidades foram instruídas a reter quaisquer futuros pagamentos à associação, devendo, em vez disso, depositar esses valores em juízo.
Como um dos grupos mais renomados do Festival de Parintins, o Boi Garantido desempenha um papel crucial no sucesso e na magia deste evento, que anualmente seduz uma audiência global para o coração da Amazônia. A interrupção no fluxo de recursos financeiros representa, portanto, não apenas um golpe para a associação, mas também para a tradição cultural da região.
Em busca de esclarecimentos, nossa equipe de reportagem tentou contato com o Boi Bumbá Garantido através de sua assessoria de imprensa, a fim de obter um posicionamento oficial sobre a crise. A assessoria informou que está analisando a situação e prometeu emitir uma nota oficial. Até o momento da publicação desta matéria, porém, não recebemos nenhuma atualização. Continuamos com o compromisso de manter o espaço aberto para declarações futuras.
Esta situação evidencia a complexidade e os desafios enfrentados por organizações culturais, ressaltando a importância de uma gestão financeira sólida para a preservação de tradições que são, ao mesmo tempo, patrimônio e espetáculo.