O Brasil, numa ação coordenada pelo Ministério da Saúde, sob liderança da ministra Nísia Trindade, decidiu antecipar o cronograma de vacinação contra a gripe influenza devido ao aumento observado tanto nos casos de Covid-19 quanto nos de dengue. Tradicionalmente programada para abril, a campanha de vacinação já havia sido movida para 25 de março, contudo, um novo adiantamento foi anunciado, iniciando assim a distribuição de doses aos estados de forma imediata, com uma nota técnica detalhada prevista para ser divulgada na quarta-feira seguinte, dia 6.
Em um esforço conjunto para combater essas doenças, Ethel Maciel, responsável pela Secretaria em Vigilância em Saúde, esclareceu que a distribuição das vacinas de influenza para os estados já está em andamento, devendo ser concluída na mesma semana. A recomendação é que os municípios comecem o processo de vacinação assim que as doses estiverem em suas posses.
Demonstrando a gravidade da situação, o ministério divulgou que o Brasil enfrenta, desde o início do ano, 1.253.919 casos de dengue, resultando em 299 óbitos, além de outras 765 mortes investigadas. A incidência de dengue atinge 617,5 por 100 mil habitantes. Além do mais, os registros de Covid-19 somam 69.234 novos casos até 24 de fevereiro, o que equivale a uma taxa de incidência de 147,93 por 100 mil habitantes.
A campanha de vacinação contra influenza no Brasil foca numa vacina trivalente, capaz de oferecer proteção contra três variantes do vírus. A meta é imunizar aproximadamente 75 milhões de pessoas, abrangendo grupos prioritários específicos, que incluem desde crianças de 6 meses a idosos com 60 anos ou mais, passando por profissionais da saúde, professores, indígenas, gestantes, pessoas em situação de rua, profissionais das forças de segurança, entre outros, além de pessoas com doenças crônicas não transmissíveis ou com condições clínicas especiais, trabalhadores do transporte e do sistema prisional, e jovens sob medidas socioeducativas.
Essa medida busca não apenas combater a influenza em si mas também aliviar o sistema de saúde, já sobrecarregado com os casos de Covid-19 e dengue, visando proteger as populações mais vulneráveis e garantir uma resposta efetiva diante dessas emergências de saúde pública.
