Em um cenário global, o Ministro Exterior de Israel, Israel Katz, requeriu um pedido de desculpas do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. Revolta em que o presidente brasileiro equiparou a guerra em Gaza a acontecimentos do Holocausto, resultou em tensão diplomática.
Katz, por meio dos canais de redes sociais, classificou as comparações feitas por Lula, como uma afronta ao Brasil e uma ofensa direta aos judeus brasileiros. Em suas palavras, o ministro destacou que ainda existe tempo para o presidente adquirir conhecimento a respeito da história judaica e apresentar desculpas, deixando claro que enquanto não houver retratação, Lula será considerado persona non grata no estado de Israel.
Diante da situação, Katz questionou “Necessitamos lembrá-lo do que Hitler perpetrava?” Ao esmiuçar o genocídio de judeus pela Alemanha Nazista durante a Segunda Guerra Mundial, lembrou que “Milhões de pessoas foram levados para guetos, tiveram seus bens roubados, foram usados como trabalhadores forçados e logo após, com brutalidade sem limites, começaram a ser assassinadas de forma sistemática. Primeiramente através de tiros, logo após com gás. Foi uma indústria de aniquilamento de judeus, organizada e cruel.”
Israel, de acordo com o ministro, encontra-se em uma guerra defensiva contra novos nazistas, que têm matado judeus indiscriminadamente. Em suas palavras, Katz declara “Eles não discriminaram idosos, bebês e deficientes. Assassinaram uma menina em uma cadeira de rodas, raptaram bebês. Sem um exército, as mortes teriam alcançado a casa das dezenas de milhares”, salientando o ataque terrorista promovido pelo Hamas, responsável pela morte de 1,2 mil pessoas e em decorrência disso, gerando a guerra em Gaza. Do lado palestino, mais de 29 mil mortos, de acordo com dados do Ministério da Saúde local sob controle do Hamas.
Na esteira dos atentados ocorridos em 7 de outubro, Lula condenou os ataques do Hamas e, por reiteradas vezes, criticou a resposta de Israel classificando-a como genocídio. Contudo, cruzou os limites estabelecidos por Tel Aviv ao comparar o conflito com o Holocausto.
“Ao que parece, tais eventos em Gaza nunca ocorreram em qualquer outro momento da história humana, exceto quando Hitler decidiu exterminar os judeus”, assim declarou Lula na entrevista concedida em Adis Abeba, Etiópia, no dia 18 de outubro. Para o presidente brasileiro, o conflito “não representa uma guerra entre soldados, mas sim entre um exército altamente treinado e mulheres e crianças”, argumentou. “Não é uma guerra, é um genocídio”, afirmou o presidente brasileiro, reafirmando seu ponto de vista.
Fonte: https://cm7brasil.com/noticias/mundo/chanceler-de-israel-cobra-retratacao-de-lula/